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Dia da Indústria 2025: tendências e dados do setor

Neste 25 de maio, Dia da Indústria, apresentamos as tendências e dados da indústria brasileira em 2025. Trazemos informações atualizadas do Brasil e do mundo que ajudam a entender os desafios e oportunidades da indústria hoje — e no futuro.

Neste artigo, você confere:

  • A história por trás do Dia da Indústria 
  • Tendências e dados do mercado industrial brasileiro
  • Insights regionais e internacionais da indústria  
  • Comportamento recente dos preços de Celulose, Papel e Metalurgia
  • Competitividade global: o que os dados revelam sobre a indústria brasileira
  • Sustentabilidade em alta 
  • Inovação e tecnologia 

A história por trás do Dia da Indústria

O Dia da Indústria é celebrado em 25 de maio. A data homenageia Roberto Simonsen, empresário e um dos fundadores da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Na década de 30, ele desempenhou papel fundamental para a consolidação do parque industrial brasileiro. Enquanto o mundo mergulhava na Segunda Guerra Mundial, no período de 1938 a 1945, o Brasil começou a fabricar produtos que até então tinham de ser importados da Europa e da América do Norte. 
 
Simonsen faleceu em 25 de maio de 1948. Por isso, em sua memória, a data foi transformada no Dia da Indústria pelo presidente Juscelino Kubitchek, em 1957.Em sua memória, a data foi transformada no Dia da Indústria pelo presidente Juscelino Kubitchek, em 1957. Simonsen também recebeu o título de patrono da Indústria Nacional. Era engenheiro de formação, mas consagrou-se como industrial, administrador, professor, historiador e político, além de ter sido membro da Academia Brasileira de Letras. 

 

Tendências e dados do mercado industrial brasileiro

De acordo com uma pesquisa do Business Research, o tamanho do mercado de celulose e papel foi avaliado em aproximadamente US $ 356 bilhões em 2024 e deve atingir US $ 1245,38 bilhões em 2032. Isso significa um crescimento de taxa anual composta (CAGR) de cerca de 1,8% de 2024 a 2032.

 

Sustentabilidade como motor

A crescente ênfase na sustentabilidade e preservação ambiental apresenta uma ocasião significativa no mercado de celulose e papel. Governos e diligência em todo o mundo estão promovendo o uso de papel reciclado para minimizar o desmatamento e reduzir o desperdício. As invenções nas tecnologias de reciclagem aumentaram a qualidade e a eficácia da produção a partir de materiais usados, atendendo à crescente demanda por produtos ecológicos em embalagens, impressão e artigos de papelaria.

Além disso, as preferências do consumidor estão mudando para marcas sustentáveis, empurrando as empresas a emprestar papel reciclado em suas operações. Esse dado e tendência fornece uma avenida lucrativa de crescimento para os fabricantes enquanto se alinha às pretensões ambientais globais.

 

Panorama da produção industrial no Brasil

A revista Forbes também aponta uma melhora no cenário brasileiro. A indústria retomou o ritmo em março, com crescimento acima do esperado — o mais forte em nove meses. Isso ocorreu apesar do aperto nas condições financeiras e do aumento da incerteza externa. Em março a produção industrial cresceu 1,2% em relação ao mês anterior, resultado que ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%. 

Como resultado, a leitura mensal foi a mais alta desde junho de 2024 (4,3%), dando um salto após estagnação em fevereiro e avanço de apenas 0,1% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção aumentou 3,1%, taxa mais forte desde outubro de 2024 (6,0%) e também acima da expectativa de 1,4%. 

Com isso, a indústria está 14,4% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011 e terminou o primeiro trimestre com crescimento de 0,1% sobre os três meses anteriores, segundo o IBGE.

 

Insights regionais e internacionais da indústria

A pesquisa do Business Research revela que a América do Norte tem um mercado maduro para produtos de celulose e papel, que deve crescer em um CAGR lento durante o período de previsão. Empresas em larga escala como International Paper, Georgia-Pacific Corporation e Westrock dominam o mercado dos EUA, impulsionado pelo crescente consumo de bens de consumo em movimento rápido 

Dessa forma, a região da Europa desempenha um papel significativo no produto de papel, impulsionado pela alta demanda em vários setores. Uma tendência crucial no mercado europeu é a adição de foco na recuperação de produtos baseados em papel, pois as empresas pretendem atender às pretensões de sustentabilidade. 

Pensando na região da Ásia, a participação de mercado de celulose e papel é dominante. A Ásia-Pacífico é a região líder para o crescimento de produtos em papel, sendo a China o maior fabricante e consumidor globalmente. A crescente adoção de produtos de celulose e papel, juntamente com a melhoria do estilo de vida e o crescimento econômico mais forte, impulsionará oportunidades significativas de mercado. À medida que a demanda por alternativas sustentáveis e ecológicas aumenta, o crescente setor industrial da região apoiará ainda mais a expansão do mercado de produtos baseados em papel.


Comportamento recente de Celulose, Papel e Metalurgia

De acordo com o Sinpacel, no início de 2025, a pasta de celulose Kraft registrou uma queda significativa. Em maio, o preço de referência chegou a aproximadamente 5.254 CNY por tonelada. Essa retração foi causada, principalmente, por uma redução temporária na oferta global. Essa escassez ocorreu devido a paradas programadas de grandes produtores no início do ano.

Apesar disso, surgiram sinais de recuperação. As expectativas do mercado apontam para uma menor volatilidade e um novo piso de preço mais elevado para a commodity. Além disso, em março do mesmo ano, o preço da celulose nas vendas internas no Brasil subiu 10% em dólar.

O mercado de papel, por sua vez, mostra uma dinâmica mais diversa. Enquanto alguns segmentos enfrentam queda na confiança empresarial, outros, como os de embalagens de papel e papelão, apresentam produção estável ou até avanços recentes. Em contrapartida, as exportações de papel podem sofrer retração, em função da queda nos volumes e nos preços médios de determinadas categorias.

No setor metalúrgico, os preços são notoriamente cíclicos e voláteis. Eles acompanham os ciclos da economia global e são fortemente influenciados por diversos fatores. Normalmente, a formação de preços ocorre em bolsas de commodities internacionais, como a London Metal Exchange (LME), a Shanghai Futures Exchange (SHFE) e a COMEX (vinculada ao CME Group).

 

Oscilações recentes e fatores que impactam os preços

A expansão ou contração do PIB global, especialmente em grandes economias consumidoras como China, EUA, Europa e Índia, é um motor primário. Entre todos esses países, a China é o maior consumidor e, em muitos casos, um dos maiores produtores de diversos metais. Sua demanda e políticas industriais têm um impacto significativo nos preços globais, nas tendências e dados da indústria.

 

Competitividade global: o que os dados revelam

Segundo um relatório do BNDES, a competitividade na indústria de celulose é fortemente globalizada. Isso se aplica especialmente ao Brasil, devido aos altos volumes exportados. Diversos fatores contribuem para esse cenário, entre eles:

  • Crescimento da escala produtiva, com maior intensidade de capital;

  • Fusões e aquisições em andamento, levando à redução no número de empresas;

  • Aumento da concorrência, cada vez mais acirrada;

  • Elevado poder de barganha por parte de clientes e fornecedores, como produtores de papel e de insumos químicos;

  • Canais logísticos e de distribuição com abrangência global, o que reforça a distância entre produtores e consumidores finais;

  • E o comportamento cíclico dos preços, típico desse setor.

Além disso, o relatório aponta os principais fatores determinantes da competitividade do produto, na seguinte ordem:

  1. Custo da madeira – principal matéria-prima;

  2. Custo do frete, especialmente em rotas internacionais;

  3. Acesso a produtos químicos e custo da mão de obra;

  4. Custo da energia, que impacta diretamente a rentabilidade.

Esses elementos ajudam a entender por que a indústria de celulose exige gestão estratégica e visão global, principalmente para países exportadores como o Brasil.

Sustentabilidade em alta

Muitos mercados, especialmente na Europa e América do Norte, e um número crescente de empresas, exigem a certificação florestal como critério para a compra de produtos de origem florestal. A obtenção dessas certificações pode abrir portas para novos mercados e fortalecer a posição de empresas que demonstram compromisso com a sustentabilidade.

 

Certificações FSC, PEFC e ISO: compromisso ambiental 

As tendências e dados da indústria de papel e celulose mostram que as certificações FSC e PEFC garantem práticas de manejo florestal sustentável. Em outras palavras, a extração da madeira ocorre de forma planejada, com replantio e respeito aos ciclos naturais da floresta.

Essas certificações também proíbem práticas destrutivas, como o desmatamento ilegal e a conversão de florestas nativas em plantações. Além disso, ao longo de toda a cadeia de produção, a certificação CoC (cadeia de custódia) assegura que o material certificado seja rastreado corretamente, evitando a mistura com fontes não certificadas.

No setor metalúrgico, a certificação ISO 50001 apoia as empresas na redução do consumo de energia. Com isso, é possível melhorar a eficiência energética, reduzir emissões de gases de efeito estufa e ainda diminuir os custos operacionais.

Embora não seja uma certificação, o Global Reporting Initiative (GRI) oferece um framework amplamente reconhecido para relatar o desempenho de sustentabilidade. Isso inclui aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). Empresas metalúrgicas, por exemplo, podem utilizar esses padrões para divulgar suas práticas de forma mais transparente.

Um exemplo relevante é o GRI Sector Standard for Mining (GRI 14). Embora tenha foco na mineração, ele pode ser útil para empresas metalúrgicas com operações verticalmente integradas.

No entanto, é importante destacar que a relevância dessas certificações e padrões varia. O impacto depende do tipo de indústria, do mercado em que a empresa atua e das expectativas de seus stakeholders — como clientes, investidores, reguladores e a sociedade civil.

Nesse contexto, vale destacar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Alguns ganham destaque para a indústria, como o ODS 15 (vida terrestre), o ODS 12 (consumo e produção responsáveis) e o ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico).

 

Inovação e tecnologia 

A tecnologia tem papel essencial nas tendências da indústria brasileira e a adoção de Internet das Coisas (IoT), Big Data e análise preditiva está revolucionando o setor . Esses avanços impulsionam a transformação da Indústria 5.0, promovendo a otimização de processos, o aumento da eficiência operacional e o fortalecimento da sustentabilidade. Além disso, aproximam ainda mais a tecnologia do chão de fábrica, criando ambientes produtivos mais inteligentes, conectados e preparados para os desafios do futuro. 

No caso da manutenção preventiva, a coleta contínua de dados dos equipamentos permite a implementação de sistemas que contribuem para o avanço da indústria. Ao analisar padrões e tendências nos dados, é possível prever falhas antes que elas ocorram, evitando paradas não planejadas, reduzindo custos de manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos.

 

A iALL

Ao analisar as tendências e dados da indústria brasileira, vimos que é essencial planejar os próximos passos do setor. Com base nesse cenário de transformação digital, a  IndustriALL se destaca ao oferecer soluções inovadoras que integram tecnologias para impulsionar a eficiência na indústria. São sistemas avançados de monitoramento e análise que possibilitam a coleta e interpretação inteligente de dados em tempo real, antecipando falhas, otimizando processos produtivos e elevando a qualidade dos produtos, ao mesmo tempo em que reduzem desperdícios e custos operacionais. 

É uma conexão de forma inteligente entre tecnologia, sustentabilidade e resultados no chão de fábrica. 

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