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Como as indtechs conectam tecnologia nas indústrias

Nesse artigo, você vai entender como as indtechs estão conectando tecnologia, dados e eficiência operacional. De soluções de automação a análise inteligente, essas startups vêm transformando fábricas tradicionais em negócios mais ágeis e competitivos – abrindo portas para uma nova fase da indústria brasileira.

Entenda o conceito de forma simples 

Indtechs são startups que utilizam tecnologias digitais para transformar fábricas tradicionais em negócios inteligentes. Algumas, como a IndustriALL, têm foco em automatizar a programação e manutenção industrial. 

O termo indtech reflete o desenvolvimento recente da indústria, marcado pela transição entre as fases 4.0 e 5.0 — etapas que coexistem e se complementam. 

A fase 4.0 se caracteriza pela automação e digitalização (como a IoT, IA e robótica), enquanto a indústria 5.0 complementa isso com foco no bem-estar humano, na colaboração entre máquinas e pessoas, e na sustentabilidade.   

 

Visão geral do mercado    

De acordo com a Associação Brasileira de Startups, as startups de tecnologia voltadas ao setor industrial já representam 2,4% do mercado nacional, com mais de 200 iniciativas mapeadas. Trata-se de um movimento em franca expansão, com potencial ainda significativo para amadurecimento. 

Entre os principais destaques do levantamento está o volume médio de investimentos, que varia entre aportes de investidores-anjo e rodadas abertas. Cerca de 68% desses investimentos são locais – provenientes da própria cidade ou estado -, com média de R$ 1,1 milhão por empresa. 

Para acompanhar o desempenho do setor, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disponibiliza ferramentas interativas que auxiliam na análise do cenário industrial. Entre elas, estão o Termômetro da Indústria, que mede indicadores como produção, exportações, faturamento e intenção de investimento; um macrocenário, que apresenta o panorama das indústrias brasileiras por estado; além de perfis setoriais, indicadores econômicos, folhetos e infográficos que complementam a visão sobre o segmento. 


Afinal, quais são os princípios de uma indtech?
 

Um dos princípios das indtechs é a descentralização. A proposta é estruturar fábricas inteligentes capazes de otimizar tempo e aumentar a eficiência, reduzindo intervenções humanas desnecessárias e ampliando a atuação das máquinas. No fim, o objetivo é automatizar processos e decisões, tornando as operações mais assertivas.  

Outro pilar fundamental é a modularidade: a capacidade de adaptação às diferentes demandas e transformações do mercado. Essa flexibilidade permite que as indtechs se ajustem em tempo real e atuem em setores diversos, como:

  • Papel e Celulose
  • Metalurgia
  • Mineração
  • Alimentício
  • Bioenergia
  • Química
  • Agro

Fábricas no Brasil


Barreiras de entrada e oportunidades de investimento
 

Investir em inovação industrial no Brasil é, ao mesmo tempo, um desafio e uma vantagem estratégica. Em um cenário ainda em amadurecimento, as empresas que apostam na digitalização e em tecnologias de automação se posicionam à frente da curva – conquistando ganhos de eficiência, sustentabilidade e competitividade global 

Mesmo diante de obstáculos estruturais, o avanço das indtechs revela um cenário fértil para quem enxerga a inovação como eixo central do crescimento. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das indústrias brasileiras faziam uso de ao menos uma tecnologia digital em 2021, contra 48% em 2016. 

No entanto, um dos principais entraves continua sendo o alto custo de implementação tecnológica, especialmente entre pequenas e médias indústrias. A digitalização de processos produtivos exige investimentos significativos em infraestrutura, conectividade e integração de sistemas, o que torna o retorno mais gradual e limita a adesão de parte do setor. Essa diferença é mais evidente quando comparada às grandes corporações, que contam com recursos e estruturas mais maduras para incorporar soluções de alta complexidade. 

Outro desafio relevante é a escassez de mão de obra qualificada, como já abordado no Panorama do PCM no Brasil. A transformação digital da indústria demanda profissionais com competências em inteligência artificial, automação e análise de dados – áreas em que o país ainda apresenta déficit expressivo.  

Um relatório divulgado pelo Google em 2023, em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) mostrou que, até 2025, o Brasil terá um déficit de 530 mil profissionais da área de tecnologia. A ausência dessa base técnica limita o ritmo de inovação e reforça a urgência de políticas voltadas à formação e requalificação profissional. 

Portanto, a taxa de adoção de tecnologias 4.0 reforça esse cenário de disparidade. Dados da CNI e da ABDI indicam que apenas uma parcela das indústrias brasileiras já opera com soluções de automação avançada ou conectividade em tempo real, enquanto a maioria ainda se encontra em etapas iniciais de digitalização. 

Por fim, a distribuição geográfica das startups industriais evidencia uma concentração significativa em polos consolidados de inovação, como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Embora esses estados formem ecossistemas robustos, há um enorme potencial para a expansão de hubs tecnológicos em outras regiões, estimulando uma industrialização mais descentralizada, conectada e inteligente. 

 

A fábrica do futuro: descentralizada, otimizada e orientada por dados 

Superar as barreiras estruturais é o primeiro passo para consolidar uma nova era industrial – mais conectada e inteligente.  

Embora os indicadores ainda sejam modestos, as taxas de automação e conectividade industrial vêm crescendo de forma consistente em todo o mundo. 

Segundo relatório da PwC, cerca de 80% das fábricas líderes em eficiência já operam com sistemas conectados em nuvem e sensores IoT integrados, permitindo a comunicação entre máquinas, equipamentos e plataformas digitais em tempo real. No Brasil, esse movimento ganha força à medida que as empresas reconhecem o potencial da conectividade como vetor de competitividade e eficiência operacional. 

O impacto da digitalização na produtividade é expressivo e reforça o potencial transformador das fábricas inteligentes. Estudos da McKinsey e da BCG indicam que fábricas inteligentes podem elevar a produtividade entre 20% e 30%, além de reduzir custos operacionais em até 15%. Esses ganhos se traduzem não apenas em maior eficiência, mas também em processos mais ágeis e resilientes. 

| O uso estratégico de dados em tempo real consolida esse novo modelo produtivo. Dessa forma, percebe-se que as indústrias que adotam soluções de analytics registram aumento significativo na precisão das decisões operacionais e reduzem as paradas não planejadas, como é o caso de empresas que aprimoram seus resultados com soluções como o iOptimum.

O papel da IndustriALL na transformação digital

A IndustriALL é uma indtech que nasceu dentro da indústria com um propósito claro: eliminar os gargalos que comprometem a rotina da produção e da manutenção. Atuamos com inteligência artificial aplicada, criando soluções que transformam a maneira como as operações industriais são geridas.

Fábricas como Hydro, Suzano e ArcelorMittal já comprovaram os resultados dos nossos sistemas, com ganhos como: até 90% de redução no tempo de programação, aumento de 30% nas ordens de manutenção programadas e incremento de 20% na criticidade das ordens. Nossa tecnologia inaugura um novo patamar para a manutenção e para a eficiência operacional como um todo, ajudando a indústria a operar com mais resiliência, previsibilidade e inteligência — hoje e no futuro.


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