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Qual a diferença entre Inteligência Artificial e Robôs?

Atualmente, os termos “Inteligência Artificial” e “Robôs” vem sendo amplamente aplicados, mas será que as pessoas sabem o conceito e o que diferencia cada um?

O que é Inteligência Artificial?

A inteligência artificial, também chamada de AI (artificial intelligence), é a parte da tecnologia que desenvolve sistemas para completar ações que de outro modo, exigiria inteligência humana.

Ela está relacionada à robótica, ao Machine Learning (aprendizagem de máquina), ao reconhecimento de voz e a muitas outras tecnologias.

A inteligência artificial é baseada em algoritmos que podem perceber, aprender compreender o raciocínio lógico e a resolução de problemas.

Pareceu muito teórico? A verdade é que os algoritmos estão no nosso dia a dia customizando nossas experiências, como por exemplo:

  • Indicando amigos no Facebook;
  • Mostrando publicidade que nos interessa no Instagram;
  • Através das pesquisas no Google;
  • Recomendações de músicas no Spotify;
  • Entre tantos outros exemplos.

Então qual a diferença para os robôs?

O que diferencia a inteligência artificial dos robôs é a palavra “inteligência”. Robôs são capazes de simplesmente executar sequências de instruções definidas. Enquanto AI pode “imitar” um certo nível de inteligência humana. 

Com isso, temos três principais características que constituem um robô:

  1. Possibilidade de interação com o mundo físico através de sensores;
  2. São programáveis;
  3. Geralmente são autônomos ou semi autônomos.

Um robô pode ser tão simples quanto uma automação no excel que repete ações que foram mostradas por um humano.

Ou até estruturas mais complexas, como uma máquina em uma linha industrial, que possui uma sequência de ações a serem realizadas. Além de sensores que dão comando de parada caso haja sinal de problema.

Mas a linha de atuação é em executar, enquanto a Inteligência Artificial pode desenvolver novos parâmetros conforme foi construída e for colocada em uso.

Como os robôs são abordados pela ficção científica?

Quando se fala de ficção científica nos cinemas e na literatura, as primeiras coisas que veem a mente são:

  • Naves espaciais;
  • Viagem no tempo;
  • Robôs com aparência similar aos humanos.

E tantas outras coisas que parecem distantes da nossa realidade. Porém, existe um valor alto na ficção científica quando você faz uma leitura mais atenta.

A ficção científica fala muito sobre a realidade humana, por propor realidades paralelas e visões do futuro. Ela traz questionamentos profundos como: 

  • Quem somos? 
  • Para onde vamos? 
  • O quanto o momento agora vai representar na história humana?

Apesar de alguns tópicos mais distantes da realidade, a ficção científica sempre esteve muito próxima da filosofia. Por isso, leituras desses clássicos valem tanto para o entretenimento quanto pelas reflexões provocativas. 

Não apenas sobre automação, robôs e seu impacto na sociedade, mas sobre a natureza da inteligência. Como por exemplo:

  • O que significa “ferir um ser humano?”
  • O que é “ferir”?
  • O que é “humano”?

A revolução da tecnologia traz novidades a cada dia, funcionalidades e facilidades que antes pensávamos ser impossíveis. A ficção científica tem a forte importância de extrapolar a imaginação, ir além e discutir sutilmente o impacto dessas mudanças.

Ficção científica é muito mais sobre:

  • Lógica;
  • Ética;
  • Caráter;
  • Filosofia;
  • Teologia;
  • Do que “somente” tecnologia.

Como saber mais sobre ficção cientifica?

Ficou curioso para saber mais sobre robôs, inteligência artificial e como isso se relaciona com nós humanos?

Um bom começo é a leitura dos livros abaixo!

Eu, robô

Esse livro é até hoje um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, sendo que foi publicado em 1950.

Você pode reconhecer o nome também pelo filme em que Will Smith é o protagonista, Detetive Del Spooner. Porém apesar de ter sido inspirado no livro, a história é um tanto diferente.

Ele é uma coletânea de nove histórias que contam a evolução da tecnologia através do tempo. Uma de suas menções mais famosas é às Três Leis da Robótica, que falam sobre os princípios que regem o comportamento das inteligências artificiais.

A relevância foi tamanha, que esse trecho mudou significativamente a percepção que se tem sobre eles na própria ciência.

O livro começa com a entrevista de uma psicóloga roboticista da U.S Robots & Mechanical. Ela conta relatos de seu trabalho e também da evolução dos robôs, conduzindo toda a narrativa.

Algumas histórias apelam para o lado da emoção e leveza da história. Enquanto outras conduzem o leitor a refletir sobre religião e até sobre sua condição humana. Porém, independente do contexto, o autor deixa claro em sua escrita uma história de amor com a tecnologia.

A máquina do tempo

Em um romance publicado em 1895, A Máquina do Tempo conta a história de um cientista que viaja do século XIX para o ano 802701. 

Em uma realidade tão distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. 

Neste ano, tem-se um momento diferente da Terra, onde ela é habitada pelos amigáveis Eloi. Que são uma espécie que descende dos seres humanos, que já não existem mais.

Porém essa diferente espécie parece ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos.

Essa ficção científica demonstra uma imaginação diferente de tudo que tinha sido visto até então. O autor foi considerado pioneiro da literatura, chamando atenção para a sua visão de mundo.

Dentro da ficção científica, a viagem no tempo é um recurso muito utilizado nas narrativas. Essa ferramenta gera discussões e paradoxos que rendem artigos até no ramo acadêmico. Onde cientistas formulam hipóteses a serem comprovadas em um futuro indeterminado, caso seja possível testar algum dia. 

O fim da eternidade

O livro O fim da eternidade foi lançado em 1955, e é considerado referência na ficção científica e um dos mais importantes romances sobre viagens no tempo.

De forma leve e bem-humorada, o autor traz questionamentos ainda bastante contemporâneos. Entre eles o comodismo do ser humano, sua evolução perante as outras espécies e a busca incessante do controle sobre a vida dos outros. 

A obra também propõe reflexões sobre o nosso comportamento diante das necessidades pessoais e as situações que envolvem um bem maior. No romance, o leitor é apresentado a um personagem, que é membro de uma organização que monitora e controla o Tempo. 

Um técnico que lida diariamente com o destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro. Sua função é iniciar Mudanças de Realidade, ou seja, alterar o curso da História.

Condicionado por um treinamento rigoroso e por uma rígida autodisciplina, o personagem aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de fazer seu trabalho. 

As coisas estão andando conforme planejado, até o dia em que ele conhece uma mulher que faz com que ele passe a rever seus conceitos em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo: o amor. 

Ficção científica é sobre o agora, como mudanças significativas acontecem por causa da tecnologia e como isso se relaciona com a nossa sociedade. Também é só sobre aprender tudo isso de uma forma leve e divertida!


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