O avanço tecnológico da indústria de papel e celulose
Quando pensamos em papel e celulose, diversos usos do dia a dia logo vêm à cabeça. Entre eles estão: embalar e proteger produtos, armazenar informações, limpeza e higiene pessoal, entre diversos outros. Assim, o papel é indispensável na rotina de bilhões de pessoas. Além de ser essencial em diversas cadeias produtivas.
Todo esse consumo se consolidou durante muito tempo, afinal o papel vem sendo usado há quase 2 mil anos desde sua invenção na China. Por isso, a indústria de papel e celulose é muito importante e precisa inovar seus processos constantemente.
A inovação utilizando a celulose é, portanto, influenciada pelas cadeias produtivas que utilizam o insumo. Sendo alguns exemplos a cadeia produtiva da máquina a vapor, do aço, energia elétrica, indústria química e petroquímica. E atualmente, sendo utilizada no processo de desenvolvimento de tecnologia e automação da informação.
E para completar, ainda existe pressão de forças paralelas, como questões ambientais e sociais. É preciso que a indústria de papel e celulose contribua para um planeta mais sustentável. Sendo uma opção para substituir matérias primas fósseis por renováveis.
Assim, neste texto você vai entender melhor sobre as inovações e avanço tecnológico da indústria de papel e celulose.
Transformações na utilização da celulose
Com o passar dos anos e a maior utilização do plástico e isopor, a indústria de papel e celulose teve momentos de ameaça. Porém, como resultado do uso exagerado desses produtos, o papel voltou a ser valorizado por ser mais reciclável e limpo.
Além da produção do papel como conhecemos tradicionamente, a indústria de papel e celulose também pode ser utilizada na indústria química.
Neste setor, as fibras de celulose são utilizadas para desenvolver vários produtos. Entre eles temos nitrocelulose, acetato de celulose e viscose. Por isso, há um valor agregado muito grande nesta indústria.
E consequentemente, a pressão por inovação tecnológica na área é muito grande. Seja pela escassez de algum insumo indispensável, alterações no mercado de consumo, ou então o desenvolvimento de produtos alternativos.
Porém, no Brasil a inovação do setor de papel e celulose não costuma acontecer com facilidade. Isso porque essa é uma indústria que está acostumada a comprar tecnologias já desenvolvidas e testadas em outros países.
A celulose pode substituir o plástico
A utilização do plástico vem continuamente sendo reduzida em todo o mundo. Ainda que a passos lentos, a utilização de canudos de plástico, por exemplo, não é mais tão comum como há alguns anos.
Outras ações como utilização de sacolas retornáveis em supermercados também estão auxiliando nessa mudança do padrão de consumo. Da mesma forma, é possível citar a redução no consumo de copos plásticos, com a utilização de garrafas que não são descartáveis.
Além dessas reduções, uma substituição do plástico por produtos desenvolvidos com matérias biodegradáveis é necessária. Um desses insumos é a celulose, que vem sendo estudada para inovar no setor de papel e celulose.
Nesse sentido, a utilização de fibras produzidas a partir da lignina, que é um subproduto da celulose, pode substituir resinas plásticas muito consumidas em todo o mundo, como o polipropileno e o polietileno.
O agronegócio, a construção civil, a indústria de roupas e os plásticos biodegradáveis são áreas que podem se beneficiar desse desenvolvimento tecnológico. De maneira geral, as maiores vantagens do uso de celulose em processos produtivos são: aumento na durabilidade, maior resistência, mais absorção de impacto, além, é claro, do fator sustentável.
Porém, algo que ainda impede que essa substituição ganhe grande escala é o custo de produção dos produtos com base de celulose. Para isso, mais estudos e investimentos são necessários para deixar o método de produção mais barato e competitivo.
Nanocelulose: Um inovador material extraído das plantas
Se a celulose já é um material biodegradável que pode auxiliar na substituição do plástico, a nanocelulose é ainda mais interessante.
Isso porque a nanocelulose pode ser usada para:
- Produzir peças leves para carros e aviões;
- Deixar materiais para construção mais fortes;
- Aumentar a resistência de roupas;
- Ser utilizada em implantes médicos;
- Produzir itens eletrônicos tecnológicos;
- E ainda ser matéria prima para produção de embalagens que deixam alimentos frescos por mais tempo do que os materiais usados atualmente.
O material que vai revolucionar todo o setor pode ser extraído de fontes naturais como madeira, folhas de abacaxi, peles de uva e até mesmo algumas bactérias.
Se a indústria de papel e celulose precisa inovar, o investimento em nanocelulose é muito importante. Isso porque essa macromolécula está disponível no mundo inteiro e resulta em alternativas baratas e biodegradáveis para materiais prejudiciais ao meio ambiente.
Como o uso de papel tradicional para impressão de jornal, revistas e outras publicações impressas reduziu muito com a internet, essa também é uma decisão estratégica para os negócios.
A Inteligência Artificial garante mais qualidade nessa inovação
A indústria de papel e celulose tem uma produção contínua, então se a intenção é manter alta qualidade nos processos e produtos, é indispensável realizar a manutenção preditiva de máquinas.
Assim, a Inteligência Artificial (IA) é usada para identificar e controlar as variáveis críticas do processo de produção. Dessa forma, evitando paradas dos equipamentos das linhas produtivas.
Isso é muito importante para que o processo produtivo não seja interrompido, afetando os resultados e indicadores das indústrias.
Com a IA é possível agendar a manutenção preditiva das máquinas, prevenindo falhas no processo produtivo. Essa tecnologia também é interessante para a automação e redução do trabalho humano na configuração de sistemas. E por fim, com a utilização da IA, a indústria de papel e celulose é capaz de ter mais precisão e profundidade dos dados gerados por ela.
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