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Inteligência das Coisas: como utilizar na indústria

A Inteligência Artificial das Coisas (AIoT do inglês), é uma promessa de fazer com que todas estas mudanças aconteçam de forma organizada e benéfica. Como consequência, o relacionamento das pessoas com o seu ambiente de trabalho muda.

A inteligência artificial e a internet das coisas são dois pilares poderosos da indústria 4.0. Estes já fazem parte do dia a dia de algumas indústrias no Brasil e no mundo.

Por vezes, gestores acabam não conseguindo utilizar estes pilares da melhor forma possível, e mais complexo ainda é entender como funciona a AIoT. A AIoT é uma união da inteligência artificial, com a internet das coisas.

Por isso, neste artigo você vai entender o conceito da inteligência artificial das coisas. Além disso, as aplicações que já existem e aquilo que ainda vai surgir para indústrias. Por fim, você vai entender as dificuldades de lidar com a AIoT.

O que é Inteligência Artificial das Coisas?

AIoT é a sigla utilizada para o termo Artificial Intelligence of Things, do inglês. Em português, a tradução seria Inteligência Artificial das Coisas.

Exatamente, não é um erro na forma como IoT está escrita.

A AIoT faz parte da Indústria 4.0, e possibilita que os processos sejam cada vez mais inteligentes.

Caso você ainda não esteja familiarizado, a Indústria 4.0 se trata de uma fusão entre a automatização industrial com a tecnologia por meio de conceitos. Alguns exemplos são IoT, Big Data, Cloud Computing e Sistemas Cyber-Físicos.

A proposta da AIoT, por sua vez, é a união entre duas formas de transformação digital: a Internet das Coisas, com a Inteligência Artificial das Máquinas. Assim, possibilitando operações mais eficientes em empresas. Além de uma interação muito mais estratégica entre seres humanos e máquinas.

Com isso, melhores resultados em produtividade e capacidade de análise de dados são consequências diretas.

Um dos grandes desafios encontrados quando indústrias utilizam IoT em seus processos produtivos, é que os colaboradores não possuem as técnicas ou a disponibilidade para gerenciar, analisar e interpretar os inúmeros dados que chegam a todo momento.

Com a utilização da Inteligência Artificial, é possível automatizar também este processo. E ainda gerar aprendizado conforme a IA começa a entender os processos como um todo.

Portanto, é possível considerar que a AIoT, cria soluções inovadoras. Acima de tudo, sistemas são aprimorados e decisões mais rápidas e assertivas são tomadas. Isso acontece quando utilizada dentro da estratégia de Indústria 4.0, e em contato com os outros pilares desta revolução industrial.

O conceito de IA e IoT

Como já mencionamos, a Inteligência Artificial das Coisas é uma mistura de Inteligência Artificial (AI, sigla em inglês para Artificial Intelligence) e Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês para Internet of Things).

Mas estes pilares da indústria 4.0 também são tecnologias poderosas separadamente.

A IA é uma tecnologia em constante evolução que possibilita o aprendizado de máquinas para realizar tarefas. Em poucas palavras, as máquinas inteligentes passam a copiar padrões humanos de raciocínio.

Esse aprendizado acontece a partir de muitos dados combinados rapidamente. Estes são processados e se tornam padrões que são interpretados e adquiridos pelas máquinas.

Já a Internet das Coisas se trata de uma conexão digital das “coisas” com integração de diversos sistemas e dispositivos.

Assim, a IoT é uma conexão de diversos dispositivos e objetos, mais do que de pessoas, à internet. E ao realizar esta conexão, muitos caminhos e possibilidades se abrem. Como a integração de informações para que sejam usadas de forma estratégica pelos gestores.

No dia a dia, a internet das coisas é utilizada em celulares, televisões e qualquer aparelho conectado a uma rede de comunicação pela internet.

Aplicações gerais da AIoT

Mesmo que este tipo de tecnologia ainda pareça distante, as aplicações da AIoT são muito variadas. Elas acontecem desde a rotina diária das pessoas, até aplicações industriais específicas.

Na verdade, o único requisito é que um volume de dados grande seja gerado por sensores ligados à internet das coisas. E que seja possível ter um sistema inteligente processando os dados e tomando decisões a partir das análises realizadas.

Uma das empresas que planeja mudar o mundo no qual vivemos hoje pelo uso da inteligência artificial das coisas é a Xiaomi. A fabricante chinesa de celulares planeja criar um mundo onde os diferentes dispositivos estariam interconectados. E ainda, com esta ligação impulsionada pela inteligência artificial.

Outro exemplo são as empresas automobilísticas que utilizam sensores capazes de reconhecer movimentos perigosos. E então, rapidamente, ativam mecanismos de segurança que evitam acidentes com os carros.

E é possível que você já tenha ouvido falar de exemplos na área da saúde (como cirurgias realizadas remotamente). Também no marketing (na análise de comportamento dos consumidores), e na agricultura (na utilização de sensores que medem temperatura e umidade, por exemplo). E por último em recursos humanos (a partir de análise de perfis e seleção automatizada de profissionais).

Aplicação de AIoT em indústrias

Se as aplicações no dia a dia já são tão diversas, é claro que a AIoT pode ser utilizada em muitas frentes também nas indústrias.

Na indústria 4.0, equipamentos conectados à inteligência artificial das coisas são capazes de se auto-corrigir e se auto-consertar.

Isso acontece pois a partir dos sinais detectados pelos sensores, e o aprendizado dos sistemas, as máquinas começam a detectar falhas e variáveis de forma ativa.

Assim, o resultado é muito positivo: análises e decisões melhores executadas e crescimento para a indústria como um todo.

Exemplos de uso da AIoT na Indústria

Um exemplo na indústria é a utilização de uma câmera com um sensor de imagem. Esta câmera envia diversas imagens através da IoT para análise da inteligência artificial.

Dessa forma, as imagens são analisadas e ações são tomadas rapidamente. Isso acelera o processo e economiza tempo e dinheiro.

Este tipo de análise pode ser feita também através de gravações de sons, além de imagens. E a tendência é que cada vez mais esse tipo de sensor seja o padrão para as indústrias. Isso pois apresentam muitos benefícios no curto prazo.

Um caso de sucesso do uso da AIoT foi em uma empresa de gás e petróleo da Hungria. A indústria tinha problemas para realizar o refinamento dos seus dados.

Ainda que a empresa já usasse sensores de IoT para captar estes dados, a indústria passou a utilizar também inteligência artificial. O objetivo era apurar informações sobre os teores do combustível.

Como resultado desta atitude de unir as duas tecnologias, a empresa economizou mais de U$600 mil por ano.

Da mesma forma, na área de logística, um sistema de AIoT pode realizar toda a gestão de estoque, utilizando diferentes habilidades da IoT e da IA.

A localização e validação dos itens é feita pela parte da IoT. Isso acontece pois as especificações dos itens está registrada na rede. Porém, a tomada de decisão de quais produtos serão enviados, sua ordem e momento de envio, é feita pela IA.

Dificuldades de lidar com AIoT

Mas é claro que existem alguns desafios na utilização da AIoT, assim como outros pilares da indústria 4.0.

A primeira vez que uma integração de sistemas é feita, ou que um sistema novo é utilizado, problemas serão detectados, porém é importante que sejam rapidamente corrigidos para que todo o processo não seja prejudicado.

No Brasil, os gestores de indústrias enfrentam tantos cortes e necessidade de diariamente se adaptar a uma nova realidade, que por vezes o projeto de modernização de uma planta industrial pode acabar ficando para depois.

Porém, como já comentamos aqui, os benefícios são muito grandes, e por isso é preciso, mesmo que não seja uma tarefa fácil, investir na indústria 4.0 e acreditar no potencial que ela tem.

Para que a AIoT, que é uma tecnologia nova e exclusiva seja implementada, é preciso uma maior capacidade computacional, integração dos dados e profissionais mais capacitados.

Além disso, fatores como a lei de proteção de dados deve ser considerada, para que os sistemas e pessoas responsáveis não cometam gafes quanto à utilização dos dados adquiridos através da AIoT.

Entretanto, mesmo que os desafios sejam grandes, a tecnologia está em pleno desenvolvimento e sendo utilizada por diversas indústrias.

Por isso, é preciso se organizar e começar a utilizá-la o quanto antes, para que os melhores resultados sejam colhidos o mais rápido possível.


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