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Entenda a história da IA: afinal, desde quando ela existe?

A Inteligência Artificial (tamém conhecida como IA) é uma tecnologia que está em constante evolução, e desde os seus primórdios gera grandes impactos na vida das pessoas.

Da mesma forma, a Inteligência Artificial também impacta a indústria, e é uma tecnologia altamente relacionada a todos os pilares da Indústria 4.0.

Por isso, é importante entender a evolução da Inteligência Artificial, a sua história e como esta tecnologia é essencial para a vida de todos nós.

Neste artigo você vai entender a história da IA, como as aplicações evoluíram com o tempo e entender quais os dilemas éticos que os gestores de fábricas enfrentam ao utilizar a tecnologia.

Conceito de Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial veio para ficar, não há dúvidas quanto a isso. Esta tecnologia permitiu e permite grandes avanços nas indústrias de processos contínuos, assim como pode ser utilizada em conjunto com outros pilares da Indústria 4.0 como a Internet das Coisas.

A IA possibilita o aprendizado de máquinas para executar tarefas como se fossem seres humanos. Em poucas palavras, as máquinas inteligentes passam a copiar padrões humanos de raciocínio.

Você talvez nem perceba, mas possui diversos aplicativos e devices que utilizam IA diariamente:

  1.  
  2.  como Siri, Cortana e Google Assistant;
  3. O Google e as suas vertentes como Google Fotos, Gmail, Youtube e Google Tradutor;
  4. Aplicativos de streaming de música e vídeo como Spotify e Netflix.

Todas estas soluções tecnológicas fazem parte da rotina diária das pessoas hoje, facilitando diversas tarefas.

As vantagens são muito claras: quanto mais você usa o aplicativo, melhor ele entende as suas preferências e sugere as músicas que você mais gosta, ou organiza as suas fotos por datas e pelas suas companhias.

E o mesmo acontece com as indústrias. Quanto mais são utilizados sistemas de IA nos processos produtivos, melhores são os inputs que estes sistemas oferecem para os gestores.

Quando surgiu o termo Inteligência Artificial

Até a inteligência artificial chegar ao ponto que chegou hoje, grandes evoluções precisaram acontecer. Os diversos sistemas que se comunicam entre si e melhoram a experiência do usuário são resultado de uma história de diversos personagens e capítulos.

Na verdade, há quem diga que a inteligência artificial começou já na antiguidade. Ao observar os mitos de gregos e romanos, seres artificiais e com comandos mecânicos já existiam.

Mas foi apenas com a evolução da ciência e da tecnologia que os primeiros protótipos de inteligência artificial começaram a surgir.

1936: A Máquina de Turing

Nos primórdios da história da Inteligência Artificial, o matemático Britânico Alan Turing criou um dispositivo chamado “Máquina de Turing”. Esta máquina foi considerada a fundação daquilo que conhecemos hoje como IA.

Este dispositivo era capaz de executar processos cognitivos, desde que os passos fossem quebrados em pequenas etapas individuais representadas por um algoritmo.

1956: A Criação do termo Inteligência Artificial

Desde a criação da Máquina de Turing e durante a segunda guerra mundial, diversos cientistas de diferentes áreas começaram a trabalhar juntos.

Foi assim que especialistas em neurociência, engenharia, matemática e computação, incluindo Alan Turing, começaram a discutir a criação de um cérebro artificial.

Até que em 1956, durante a Conferência Dartmouth, o campo de estudo voltado para a inteligência artificial foi criado.

Evoluções da Inteligência Artificial com o tempo

Como toda tecnologia em desenvolvimento, a IA também teve evoluções durante a sua história.

Desde 1936, com a criação de Alan Turing, até os dias atuais. Podemos perceber que o crescimento foi grande e as aplicações se tornam cada vez mais complexas.

Seguindo com a linha do tempo desde a definição do termo Inteligência Artificial, temos alguns momentos importantes.

1966: A criação do primeiro Chatbot

Ainda que atualmente a utilização de robôs para atendimento automatizado em websites seja muito comum, foi em 1966 que esta tecnologia foi criada.

Foi neste ano que um Cientista da Computação do MIT criou um programa de computador que se comunicava com humanos.

O nome do cientista era Joseph Weizenbaum e tinha origem Alemã-Americana. Ele criou a ELIZA, programa capaz de ter uma conversa com um humano com simplicidade.

1972: IA na área médica

O sistema foi desenvolvido por Ted Shortliffe da Universidade de Stanford para realizar o diagnóstico e tratamento de doenças.

Décadas de 80 e 90: Mais crescimento em Inteligência Artificial

A partir de 1982 até a década de 90, o Japão inicia um investimento em massa no país para modernizar as suas indústrias.

Com a criação do “NETtalk” em 1986 um computador ganhou voz pela primeira vez.

Além disso, foi na segunda metade da década de 90 que o Google desenvolveu o seu primeiro protótipo de buscador.

Depois, em 1997, um computador venceu um campeão de xadrez humano. Contudo, esta vitória é contestada pois o computador não utiliza inteligência cognitiva.

Na verdade, o sistema é capaz de calcular em poucos segundos todos os movimentos possíveis, o que não é comparável com a capacidade humana.

E assim a IA foi se desenvolvendo durante a história.

Anos 2000 e o início da IA em carros

O que hoje está começando a chegar perto da realidade da pessoas, começou a ser desenvolvido em 2005.

A área de carros autônomos com inteligência artificial é bastante complexa, pois exige uma conexão muito grande.

Para que funcione, diversos sensores precisam estar 100% conectados para garantir a entrega da experiência prometida.

A partir de 2010, a Inteligência Artificial faz parte da rotina das pessoas

Com o surgimento dos aparelhos móveis como smartphones e tablets, a tecnologia começa a ser desenvolvida para estes dispotivos.

Foi assim que em 2011 a Apple criou a sua assistente virtual, a Siri, desenvolvida a partir de inteligência artificial.

E a cada ano que passa, novas aplicações de IA aparecem nas indústrias e no dia a dia das pessoas.

Os tipos de Inteligência Artificial

É claro que com o desenvolvimento da IA, diferentes vertentes começariam a surgir. E foi isso que aconteceu. Os principais tipos de Inteligência Artificial existem hoje são: Inteligência Artificial simbólica e Inteligência Artificial neural.

Inteligência Artificial Simbólica

Esta é a IA clássica, que se baseia em símbolos abstratos que são usados para representar o conhecimento. Esta tecnologia se baseia na ideia de que o pensamento humando pode ser reconstruído de forma hierárquica e lógica.

Inteligência Artificial Neural

Este tipo de IA se tornou famoso na ciência da computação no final dos anos 80. Neste caso, o conhecimento não se dá através de símbolos, e sim por conexões entre neurônios artificiais.

De forma contrária ao que acontece com a inteligência artificial simbólica, na IA neural o sistema deve ser treinado e estimulado para que um maior conhecimento seja acumulado.

Os dilemas éticos no meio de tudo isso

Como as aplicações de IA são livres para serem desenvolvidas, em alguns pontos é iniciado um questionamento quanto à ética envolvida.

Existem três principais dilemas éticos que acompanham a inteligência artificial na sua história:

1. Desemprego e desigualdade econômica

Como sabemos, a tendência é que um grande número de empregos sejam substituídos por sistemas automatizados e com inteligência artificial. Por isso, é possível que a desigualdade econômica cresça.

2. Responsabilidade

O principal questionamento neste ponto é no caso de acidentes ou problemas em uma indústria, por exemplo,

Se um acidente com carros autônomos acontecer, existe uma dúvida o responsável será o usuário, ou a empresa de tecnologia.

3. Segurança e privacidade dos dados

Este é um dos pontos mais complexos de considerar, e existem alguns movimentos para criar leis relacionadas com os dados coletados por máquinas.

Uma IA com acesso ilimitado a dados de pessoas, e sem um julgamento crítico típico do ser humano, pode acabar tomando decisões erradas em momentos delicados.

Por esses e outros motivos é que temos que nos preparar para uma realidade cada vez mais próxima de relacionamento com inteligências artificiais, e como as questões éticas serão resolvidas de forma padronizada.

Aplicações e benefícios de IA no ambiente industrial

Ainda que a teconologia esteja em constante evolução, já existem indústrias que utilizam a IA na rotina de trabalho.

Por exemplo, a Raízen, empresa do setor energético, utiliza IA em parceria com a Space Time Analytics para prevenir com até 1 ano de antecedência a capacidade produtiva das safras de cana-de-açúcar.

Além disso, empresas do setor de óleo e gás também utilizam IA, através de sensores e satélites, para avaliar novas oportunidades de negócios para as suas indústrias.

De forma geral, o principal benefício de utilizar IA no ambiente industrial é o aumento de produtividade.

Além disso, há redução no risco operacional e a possibilidade de realizar previsões.

Como consequência, isso se torna essencial na Indústria 4.0, que trabalha cada vez mais para garantir menos paradas inesperadas e melhores resultados nas indústrias.

O futuro da Inteligência Artificial

Hoje a IA é desenvolvida por humanos para resolver problemas ou agilizar atividades que realizamos de forma mais lenta ou com maiores erros.

Contudo, este controle que os humanos possuem sobre as máquinas tende a começar a diminuir.

Em perguntas direcionadas a especialistas em IA, a média das respostas mostrou que há 50% de probabilidade das máquinas alcançarem os níveis de inteligência humanos até 2040.

E até 2075, a probabilidde é de 90%.

Portanto, é preciso começar hoje mesmo a se preparar para esta nova realidade. Se a sua indústria ainda não usufrui dos benefícios da IA, é possível que o seu negócio fique ultrapassado.

Independente dos dilemas éticos que existem, inteligência artificial já não é mais um assunto de ficção científica, e deve ser levado bastante a sério por gestores de plantas industriais.

Se você já utiliza IA na sua rotina de trabalho, compartilhe a sua experiência nos comentários abaixo.


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